Marlene Fengler é daquelas mulheres que a política escolheu cedo. Filha de agricultores de Itapiranga, aprendeu com os pais que o trabalho coletivo e o olhar para o outro fazem toda a diferença. Aos 17 anos, deixou a casa paterna para estudar em Florianópolis, onde se formou em Letras pela UFSC. Jovem e dedicada, foi convidada para trabalhar em Brasília, onde atuou por mais de uma década nos bastidores do Congresso Nacional. Foi ali, nos corredores da Câmara e do Senado, que compreendeu a política como uma ferramenta real de transformação, de fazer o bem e contribuir com o desenvolvimento dos municípios.

Em 2019, foi eleita deputada estadual e chegou à Assembleia Legislativa com a bagagem de quem conhece a política por dentro, mas com o propósito de dar mais voz a quem ainda tem pouco espaço, especialmente as mulheres. Sempre empenhada em buscar soluções, Marlene trabalhou intensamente por projetos que geram impacto direto na vida das pessoas.

É autora de leis importantes, como a que permite que animais de estimação visitem pacientes internados em hospitais públicos e privados, respeitando critérios técnicos; e a que institui a Semana de Conscientização sobre a Dependência Tecnológica, com foco na proteção de crianças e adolescentes. Também garantiu, por lei, que mães surdas tenham direito a tradutor e intérprete de Libras durante o parto e após, em maternidades e hospitais; sugeriu a criação de espaço nos Boletins de Ocorrência para indicar se a vítima é pessoa com deficiência e também a obrigatoriedade da oferta de treinamento em primeiros socorros para pais e responsáveis de recém-nascidos em maternidades.

Marlene também é autora da lei que consolida todas as normas catarinenses de enfrentamento à violência contra a mulher, facilitando o acesso das vítimas à proteção legal e ampliando a rede de apoio. Além disso, foi coautora da lei que obriga a divulgação do Disque 100 em livros e materiais didáticos do Estado, e outra que autoriza regime especial de atendimento para garantir renda e trabalho a mulheres vítimas de violência doméstica.

Durante o mandato, foi a primeira mulher a presidir a Escola do Legislativo, onde incentivou projetos para a formação política e cidadã, ampliando e levando a Escola para mais perto das comunidades. Uma das ações mais importantes foi percorrer o estado com a Caravana da Inclusão da Mulher na Política, iniciativa apresentada por ela na sede da ONU, em Genebra, em 2022.

Atualmente, Marlene ocupa o cargo de Secretária-Geral da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e é responsável pela recém-criada Secretaria de Apoio às Câmaras Municipais (SEAC). Com olhar municipalista e foco na base, idealizou um grande encontro estadual para qualificação de vereadores, vereadoras, lideranças e servidores, defendendo a ideia de que fortalecer os mandatos na ponta é fortalecer a democracia.

Sua trajetória é marcada por empatia e compromisso com resultados. Marlene acredita que fazer política de verdade é olhar para as pessoas, abrir caminhos e transformar realidades.