Shine Moura
Samba muito mais que música, é herança
A Liesf comemora o Dia Nacional do Samba, e eu estive lá
O samba nasceu de raízes africanas trazidas pelos povos escravizados e floresceu no Brasil em uma mistura viva de ritmos, cantos e danças. É uma das expressões culturais mais marcantes do país e ganhou forma moderna em 1916 com “Pelo Telefone”, considerado por muitos o primeiro samba brasileiro.
Por que o dia 2 de dezembro virou o Dia do Samba.
A data remete ao I Congresso Nacional do Samba, realizado entre 28 de novembro e 2 de dezembro de 1962, que publicou a histórica Carta do Samba.
Em 1964, a então cidade da Guanabara oficializou o “Dia do Samba”.
Com o tempo, estados e municípios adotaram a celebração, transformando o samba em patrimônio vivo do Brasil.
Samba: pluralidade e identidade.
Do samba-de-roda ao samba-enredo, do partido-alto ao pagode, o samba é um arquipélago de ritmos que dialogam entre si. Uma herança em permanente movimento.
A festa da LIESF em Florianópolis.
No dia 6 de dezembro, Florianópolis celebrou o Dia Nacional do Samba com uma grande festa promovida pela Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (LIESF). O evento marcou o lançamento oficial dos sambas-enredo para o Carnaval 2026 e reuniu intérpretes, passistas, músicos e um público apaixonado.
Eu estive presente e pude sentir de perto a vibração da bateria, o brilho das alas e a alegria contagiante que tomou conta da Nego Quirido. A festa também ganhou destaque nas redes sociais da LIESF, que registrou momentos dos shows, participações especiais e bastidores cheios de energia.
O destaque da festa foi o show do sambista Sombrinha nome tradicional do samba, parceiro e amigo de longa data de Arlindo Cruz. Esse show foi parte da homenagem (“Tributo a Arlindo Cruz”) feita pela LIESF no evento.
O que esse dia representa.
O Dia Nacional do Samba é mais que comemoração. É história, resistência, identidade.
E em Florianópolis essa chama segue acesa, comprovando que o samba pulsa forte também no sul do país.



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