Florianópolis, 13 de setembro de 2025** – Uma grave denúncia agitou o cenário político e social da capital catarinense neste sábado. O ex-secretário municipal de Assistência Social e ex-deputado estadual, Bruno Souza, afirmou publicamente que uma mulher teria sido vítima de **estupro múltiplo dentro da Passarela da Cidadania**, espaço administrado pela Prefeitura de Florianópolis e destinado ao acolhimento de pessoas em situação de rua. 

Segundo Souza, a vítima já teria sido encaminhada para atendimento médico e acolhimento especializado. Ele responsabilizou a gestão municipal pela falta de medidas de segurança no local e apontou diretamente o prefeito Topázio Neto como o responsável por barrar propostas de controle e identificação de frequentadores da Passarela. 

“Uma mulher foi estuprada aqui dentro, por vários homens, dentro de um projeto da Prefeitura. Eu queria fazer um filtro, queria identificar quem está aqui dentro, mas o prefeito não deixou. Faltou coragem de enfrentar o problema”, disse Bruno Souza através de seu perfil no Instagram. 

Acusações contra a Prefeitura Na fala, Souza afirmou que, quando esteve à frente da secretaria, tentou articular com as forças de segurança uma triagem para identificar e monitorar quem utilizava o espaço. De acordo com ele, a iniciativa teria sido interrompida pela decisão do prefeito, que teria considerado a medida “politicamente desgastante”. 

O ex-secretário também criticou a postura de vereadores da capital, acusando os de se manterem em silêncio diante do episódio por vínculos políticos com a atual gestão. 

Falta de confirmação oficial

Até o momento, não há confirmação pública das autoridades policiais ou da Prefeitura sobre a ocorrência do crime relatado. Não foram divulgados boletins de ocorrência, nem informações oficiais sobre investigações em andamento. 

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Florianópolis, a Polícia Civil e a Polícia Militar para esclarecer os fatos e aguarda manifestação. 

Relato pessoal: insegurança no centro de Florianópolis 

A insegurança na região central de Florianópolis não se restringe às denúncias envolvendo a Passarela da Cidadania. Eu mesma vivi uma situação traumática nas imediações do local. 

“Próximo à Passarela da Cidadania, fui abordada por dois marginais que tentaram me assaltar ou cometer algum crime contra mim. Em um momento de desespero, fugi em direção ao Terminal Central (TICEN), onde obtive socorro e consegui voltar para minha residência. Até hoje, flashes do que aconteceu e traumas 

são o que restaram para mim. Exponho esses fatos para afirmar que não é um caso isolado. No mesmo momento em que sofri a tentativa, outro rapaz também foi perseguido. Minha única alternativa foi chamar a polícia e torcer para que tudo ficasse bem.” 

Esse episódio reforça a percepção de insegurança na região central da cidade e levanta questionamentos sobre a eficiência das políticas de segurança pública e a presença de policiamento ostensivo no entorno da Passarela da Cidadania e do terminal.

Histórico de críticas 

A Passarela da Cidadania já foi alvo de críticas anteriores por parte de Bruno Souza e de entidades ligadas aos direitos humanos. Relatórios do Conselho Nacional de Direitos Humanos e de organizações civis apontaram fragilidades estruturais e de segurança no local, que abriga dezenas de pessoas em situação de rua. 

Declaração de responsabilidade 

Reforço que não sou responsável pelos fatos narrados por terceiros, limitando-me a reportar declarações feitas por Bruno Souza em suas redes sociais, bem como a relatar minha experiência pessoal vivida na região central de Florianópolis. Coloco-me à disposição da Prefeitura de Florianópolis e dos órgãos competentes para trazer 

informações mais concretas, atualizadas e oficiais sobre o caso, reafirmando o compromisso com a transparência e a apuração responsável dos fatos. 

Próximos passos 

Diante da gravidade das acusações e relatos, espera-se que os órgãos de investigação e o Ministério Público se manifestem sobre a veracidade dos fatos e adotem as medidas cabíveis para garantir proteção às pessoas atendidas pela Passarela da Cidadania e segurança à população que circula pelo centro de Florianópolis.