Sabemos que cuidar de alguém com alguma deficiência exige algumas coisas, como amor, carinho, atenção, tempo... Isso dá uma canseira danada, não é mesmo? Mas como fica o psicológico dessas pessoas que cuidam?

Acompanhe a entrevista importantíssima com a Fabi Costa. Psicanalista e psicoembrióloga. Fabi é tetraplégica, ela relatou sobre como é a vida dela, e como ela vê os cuidados que seu esposo tem com ela.

" Minha vida é marcada por desafios diários, mas os desafios não são só meus. Meu esposo, que me acompanha como cuidador, vive uma luta invisível, mas igualmente árdua. Minha experiência pessoal, viver com tetraplegia significa enfrentar barreiras físicas, emocionais e sociais todos os dias. Mas para meu esposo, que é cuidador,o impacto é igualmente profundo. Ele não apenas me apoia em todas as atividades, como também carrega o peso emocional de querer me ver bem o tempo todo.

Muitas das vezes, ele negligencia sua própria saúde e bem estar porque está tão focado em mim. Essa realidade não é exclusiva dele, é algo que vejo em muitos outros cuidadores que acompanho como psicanalista. Na prática clínica, percebo que muitos cuidadores têm dificuldade em admitir que também precisam de ajuda. Eles vivem como se o cuidado do outro fosse sua única prioridade, ignorando suas próprias necessidades. Isso é perigoso, porque ninguém consegue cuidar bem de outra pessoa se não estiver cuidando de si mesma. Cuidar de quem cuida é mais do que necessário. É um ato de amor e responsabilidade ".

Essa matéria é um convite para que olhemos para os cuidadores também. Eles precisam de cuidados, merecem reconhecimento. Falar sobre isso é o primeiro passo para mudar essa realidade.

Acompanhe Fabi Costa pelo Instagram: @fabicosta_psicoembriologa